“E se a África fosse um país?” O 2º maior continente do planeta é, muitas vezes, tratado como um país único, mas sabemos que não é bem assim. Então… o que poderia acontecer se a África virasse mesmo uma nação? Quais seriam as consequências disso para a economia, política e culturas mundiais?
A partir dessas perguntas, o escritor baiano Anderson Shon se aliou ao quadrinista Daniel Cesart para criar a história do super-herói Rei Bantu, que toma para si a tarefa de criar os Estados Unidos da África e promover a justiça e a paz - não só no continente, mas em todo o planeta. Só mesmo uma pessoa com superpoderes pode ser bem sucedida nessa tarefa!
Shon e Cesart são fãs de quadrinhos e da cultura nerd desde criança, mas não se sentiam representados na cena nacional e internacional. Então, eles fizeram o que artistas podem fazer numa situação assim: criaram a sua própria saga antirracista, contracolonial e afrofuturista.
A narrativa é repleta de referências a artistas e pensadores negros, de Conceição Evaristo a Cida Bento, de Nelson Mandela a Bob Marley. Além disso, foram usadas inúmeras referências visuais que beberam da história da moda, da arquitetura, das artes visuais e de manifestações religiosas africanas e afrodescendentes. É possível encontrar várias personalidades entre os retratados como coadjuvantes da trama, e alguns dos apoiadores da campanha de financiamento coletivo também.
Anderson Shon é poeta, escritor e educador. Tem na carreira os livros de poesia Um Poeta Crônico, Outro Poeta Crônico, A Despedida do Super Futuro, Quando as Borboletas Saem do Casulo e Não Termine Comigo, Joana. Shon já escreveu para o Jovem Nerd, Site Mundo Negro, Correio Nagô, entre outros. É colecionador de quadrinhos e nerd de carteirinha. Como homem negro, entende que a representatividade é um fortificador de afroestimas e por isso quer ver o Rei Bantu e os Estados Unidos da África dominando o mundo.
Daniel Cesart é quadrinista, formado em artes visuais. Co-criador do espetáculo Dança em Quadrinhos. Participou da coletânea Máquina Zero volumes 1 e 2 com histórias curtas. Ilustrou o jogo de tabuleiro Livres para a Sinergia Games; fez artes para a Última Plataforma. Letreirou a HQ Never Die Club volumes 1 e 2 e Never Die Club — A Cosmonauta. Diagramou as HQs Paxuá e Paramim, Contos dos Orixás e Contos dos Orixás — O Rei do Fogo. Ilustra a série de tirinhas Cuscuz Surpresa em parceria com Helô D'Angelo. Estados Unidos da África é sua primeira HQ autoral.