bell hooks é o pseudônimo de Gloria Jean Watkins, escritora norte-americana nascida em 25 de setembro de 1952, no Kentucky – EUA. O apelido que ela escolheu para assinar suas obras é uma homenagem aos sobrenomes da mãe e da avó. O nome é assim mesmo, grafado em letras minúsculas.
A justificativa seria segundo a autora: “o mais importante em meus livros é a substância e não quem sou eu”. Para ela, nomes, títulos, nada disso tem tanto valor quanto as ideias. Na infância, estudou em escolas públicas para negros, pois nos EUA, ainda havia escolas que praticavam segregação racial. Na adolescência, quando passou para uma escola integrada, viveu a discriminação de ser minoria numa instituição onde tanto os professores quanto os alunos eram majoritariamente brancos.
De família numerosa, cinco irmãs, um irmão, pertencente ao que os americanos chamam de classe trabalhadora, bell hooks usou a própria vida, a vizinhança, a escola, como fontes dos seus primeiros estudos sobre raça, classe e gênero, sempre buscando nesses três elementos, os fatores da perpetuação dos sistemas de opressão e dominação. Seja de brancos contra negros; de homens (mesmo negros) contra mulheres; de ricos contra pobres.
Observadora sagaz da realidade que a cerca, é capaz de escrever palavras que doem como um soco no estômago, mas que são ditas com tamanha convicção, sinceridade e um estilo inconfundível que até agradecemos por apanhar. Ela já foi premiada com um 
The American Book Award, um dos prêmios literários de maior prestígio em seu país. Entre as influências da autora, além de Martin Luther King, Malcom X, Toni Morrison e Eric Fromm, figuram as teorias de educação defendidas por Paulo Freire. 

(Fonte: Mar de histórias).

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Veja no site a obra desta autora:

"E eu não sou uma mulher?","Ensinando a Transgredir", "Ensinando Pensamento Crítico", "Ensinando Comunidade", "Meu Crespo é de Rainha", "Minha Dança tem História" e "Olhares Negros", "Anseios""Erguer a Voz""Tudo sobre o Amor", "A Gente é da Hora", "Pertencimento" e "A pele que eu tenho".