Alice Walker é uma das mais importantes personalidades da atualidade. Mulher negra, nascida em uma família grande e de poucos recursos no Sul dos Estados Unidos, ela conseguiu com esforço, talento e auxílio daqueles que acreditaram no poder de sua voz galgar reconhecimento mundial.
A necessidade de escrever é como a sede, diz Walker, que começou a registrar ideias, percepções e sentimentos em diários aos 18 anos de idade e nunca mais parou. De lá para cá, suas confissões diarísticas somam mais de 65 volumes e traçam aquilo que faz uma mulher se tornar ela mesma como observa Valerie Boyd, professora, escritora e crítica literária que passou quase uma década organizando as entradas dos diversos cadernos. O resultado é um registro apaixonado, íntimo e poético da construção de uma artista única e irretocável.
Além de célebre autora, Walker foi ativista no Movimentos pelos Direitos Civis, marchando ao lado de Martin Luther King Jr.; casou-se com um advogado judeu, desafiando as leis contra o matrimônio inter-racial; escolheu realizar um aborto precoce; anos depois deu à luz a filha em meio à escrita de seu primeiro romance; ganhou o Prêmio Pulitzer de ficção; desafiou padrões ao assumir-se bissexual; e denunciou práticas de mutilação genital feminina. Em meio a uma vibrante e conhecida vida pública, é possível agora olhar para sua intimidade: a família, os amores, as amizades, os problemas financeiros e as angústias espirituais, que formam as camadas do indivíduo e dão o sabor de humanidade e identificação.
“Alice Walker tem enfrentado alguns dos acontecimentos mais espinhosos do século XX nos Estados Unidos. […] Agora ela divide conosco os seus diários, oferecendo a leitoras e leitores uma janela para sua vida.” The New York Times
“Décadas de escrita em diários da autora de A cor púrpura organizadas pela primeira vez, explora o desenvolvimento de seus pensamentos e afetos como escritora, mulher, afro-americana e cidadã do mundo.” The Guardian
“Alice Walker sabia que suas palavras, mesmo as mais diarística, poderiam muito bem ser destinadas ao público, e ela sabia disso antes mesmo de ter qualquer texto publicado. […] As páginas desses diários registram de epifanias a irritações da vida cotidiana, e mapeiam, para um leitor íntimo já vagamente percebido, o progresso de uma peregrina literária. Dor, alegria, ondas de depressão, inquietação, compromisso, até mesmo desafetos tudo é material. E isso é o que alimenta a escrita e sustenta a leitura.” The New Yorker
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