“A preta tinta que marca passos-palavras-poesia de Marli de Fátima Aguiar é da mesma cor de sua pele re-tinta. Passos que vêm de longe, com as raízes da ancestralidade, em palavras que evocam saborosas memórias de Itapuã em poesia.
Nestas páginas, há política. Tem também amor. Tem desejo. Tem quarentena. E tem a lua. Cheia. Há tristeza também. Um emaranhado de sentir condensado em poema que me evoca Conceição Evaristo e Rupi Kaur. Mas com marcas autorais de estilo e assinatura próprias. Eu, que já era apaixonada pela narradora Marli, transbordo agora com a poeta.”
Bianca Santana
Marli de Fátima Aguiar é filha de Luzia Augusta de Jesus e de José Aguiar Filho, nascida no município brasileiro no interior de Minas Gerais em Ibiraci, depois veio para o estado de São Paulo em Franca. Viveu sua infância no meio rural com seus pais, irmãs e irmãos entre plantações de cana-de-açúcar e de café. É militante, negra e feminista, integrante da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo e da Marcha Mundial das Mulheres. Atualmente trabalha com as cooperativas de catadoras e catadores de materiais recicláveis da cidade de São Paulo como gestora ambiental e também deu início ao projeto pessoal de organizar a história das mulheres e homens catadoras e catadores de materiais recicláveis através de oficinas de escrita e entrevistas de história oral.
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