Nenhuma palavra de amor. / Autoria: ALVES, Odailta.
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Comprometida e visceral, a escritora de “alma preta” de Odailta Alves faz pulsar a força política da experiência diaspórica negra e feminina. Da provocação do título ao seu conteúdo, cada palavra dessa poeta produz um gesto de contra violência à investiga genocida/epistemicida do estado colonial brasileiro. Assim, nenhuma palavra de amor guarda na estética da precariedade, da falta, vontades de liberdade, através de versos que expressam lutas cotidianas pela sobrevivência e muito amor à humanidade.
Na cidade de Recife, suas memórias pretas trançam em língua portuguesa a escrevivência atravessada pela força ancestral, e fazem emergir da matéria violenta do cotidiano racista, machista e excludente tensões que explodem entre as experiências históricas e estéticas marcadas por silenciamentos diversos. Poderia arriscar que a poética da autora é do fluxo das vozes negras diaspóricas do hip hop enquanto potência cultural periférica, que escancara as existências precárias e potentes de corpos negrxs nas cidades do mundo.
Silvana Carvalho da Fonseca
Odailta Alves é escritora, educadora, atriz e ativista dos Direitos Humanos. Mulher negra, lésbica, nascida na favela de Santo Amaro, é doutoranda em linguística na UFPE. É escritora e atriz do espetáculo CLamor Negro (vencedor do Pernalonga, 2022 - monólogo). É roteirista da Websérie Escritoras Negras de Pernambuco. Também atua dando palestras antirracistas e promovendo saraus de poesia.