Das mãos que pariram, reciclam e transformam, mulheres negras e indígenas escrevem suas escrevivências. Quando o coletivo Carolinas e Firminas – cada dia nasce uma faz a ponte literária, para mostrar ao mundo as histórias de vida dessas mulheres, marcadas pelo sofrimento e alegria, mas que encontram forças, Axé, para si e para apoiar umas às outras, temos que celebrar. Trabalhadoras escritoras, que salvam o planeta, e é importante que elas reciclem suas vidas em textos-vivência. Aplausos para essas quinze mulheres negras e uma indígena, da etnia Pankararu em contexto urbano que mora em Francisco Morato, município de São Paulo. Na soma, são 16 mulheres, que tiraram a máscara de ferro e jogaram a chave fora. Nem tentem calá-las, porque de mãos unidas podem plantar flores e te oferecer rosas ou cultivarem flores espinhosas. Vamos brindar e ler Das mãos que pariram, reciclam e transformam.
Esmeralda Ribeiro – Integrante do Quilomboje Literatura e coeditora da série Cadernos Negros e integra o Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá.