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Efuru. / Autora: NWAPA, Flora.
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Efuru é o nome da protagonista que dá título à obra. A história da personagem demonstra os dilemas desta diante do casamento e da maternidade, pilares do papel social da mulher igbo na comunidade igbo tradicional de então. Como Efuru negocia este papel e, para isso, mobiliza a cosmogonia de seu povo, é o que o leitor irá encontrar nas páginas dessa obra. Essa cosmogonia, ou seja, o modo como se percebe o mundo, a criação e a relação entre o homem e o universo que o cerca, reserva um lugar de centralidade ao deus supremo que rege todas as coisas (Chukwu), ao chi (uma espécie de força criadora ou espírito pessoal de cada indivíduo) e aos espíritos dos ancestrais. São eles que regem a vida e alicerçam os valores de cada homem e mulher igbo que são retratados na escrita de Flora.
No desafio de colocar mulheres igbos no centro da narrativa literária e, por meio destas mulheres, descrever um mundo em transformação, Flora Nwapa torna Efuru um clássico, um marco na literatura feminina.
Tathiana Cassiano
Flora Nwapa foi uma escritora e professora nigeriana muito conhecida pela sua recriação da vida e tradições igbo do ponto de vista feminino; tal como o papel da mulher em geral na sociedade. Nasceu em Oguta, a este de Nigéria, que na altura era uma colónia britânica. Lembrada como a “mãe” da moderna literatura africana, ela foi a precursora de uma geração de escritoras africanas e a primeira romancista africana com obra publicada na língua inglesa na Grã-Bretanha a alcançar o reconhecimento internacional.
Além de escrever livros, fundou a Tana Press, a primeira editora a ser propriedade de uma mulher negra africana em toda a zona oeste do continente. Entre 1979 e 1981 editou oito volumes de ficção para adultos, abrindo mais tarde outra editora, Flora Nwapa e Co., especializada em ficção para crianças. Nestes livros Nwapa combinava elementos nigerianos com preceitos éticos e morais gerais. O seu exemplo levou-a a repensar nos papéis tradicionais da mulher/esposa, em favor de uma sociedade igualitária, embora preferisse ser denominada ‘womanist’, em vez de ‘feminist’.
Seu primeiro romance, Efuru, foi publicado em 1966 pela Heinemann Educational Books, com o apoio do escritor Chinua Achebe, o que a coloca como a primeira autora com obra publicada na Nigéria.
Flora faleceu em 1993, em Enugu, e está enterrada na sua cidade natal.
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Veja também neste site outra obra desta autora:
Basta um
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