Nessa coletânea de poemas, Audre Lorde explora as diferenças como tensões criativas, mesclando a força e a dor do passado com a esperança e o medo do futuro, e tomando o presente como catalisador vital de motivação e ativismo.
Lorde era poeta em sua essência. “Poesia não é a parte mais importante da minha vida. Poesia é a expressão mais forte que tenho de certas maneiras de fazer, identificar e usar meu próprio poder. Porque a poesia não é uma apresentação, não é um produto. Poesia – para mim – é uma forma de vida. É a maneira como me vejo, é a maneira como me movo por mim mesma, meu mundo, e é a maneira como metabolizo o que acontece e o coloco pra fora novamente. Portanto, é uma parte inseparável de quem eu sou.”
Audre Lorde nasceu no Harlem, Nova York, Estados Unidos, em 1934. Em 1959, graduou-se em biblioteconomia pela Hunter College. Em 1961, concluiu seu mestrado na área pela Columbia University. Durante os anos 1960, trabalhou como bibliotecária em escolas públicas de Nova York. Em 1962, casou-se com Edward Rollins, com quem teve dois filhos. Em 1968, conheceu a professora de psicologia Frances Clayton, com quem passou a viver após o fim de seu casamento, tendo sido sua companheira por quase vinte anos. Em 1969, começou a lecionar na Lehman College. Em 1970, tornou-se professora de literatura na John Jay College. Em 1977, tornou-se editora de poesia no jornal feminista Chrysalis. Em 1978, foi diagnosticada com câncer de mama, tendo realizado mastectomia como parte do tratamento. Em 1980, fundou, junto com a escritora Barbara Smith, a editora Kitchen Table: Women of Color Press, para disseminar a produção de feministas negras. Em 1981, foi nomeada professora no programa de escrita criativa da Hunter College. Em 1984, recebeu o diagnóstico de câncer de fígado. Mesmo com a doença, manteve uma rotina intensa de viagens. Estabeleceu uma relação especial com a Alemanha, retratada pela diretora Dagmar Schultz no documentário Audre Lorde: The Berlin Years (2012). Engajada com a luta das mulheres sul-africanas contra o apartheid, em 1985 criou a rede de apoio Sisterhood in Support of Sisters in South Africa [Irmandade de apoio às irmãs na África do Sul]. No final dos anos 1980, mudou-se para Saint Croix, uma ilha no Caribe, onde viveu os últimos seis anos de sua vida ao lado da socióloga e ativista Gloria Joseph. Após seu falecimento em 1992, seus arquivos passaram a integrar a coleção da Spelman College, em Atlanta. Audre Lorde recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, entre os quais podem-se destacar as bolsas concedidas pelo National Endowment for the Arts (de 1968 e 1981) e pelo Creative Artists Public Service Program (de 1972 e 1976) e o prêmio de excelência literária de Manhattan, de 1987. Em 1991, foi nomeada poeta laureada pelo estado de Nova York.
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Veja também outra obra dessa mesma autora:
Zami e A Unicórnia Preta